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21.4.09

18 de abril - dia calmo

foi dia de nos despedirmos de valladolid e custou bastante… olhar pela última vez para o quarto e despedirmo-nos de todo o seu conforto. último café com o paulo e a letícia e as horas não perdoavam, tínhamos de partir, sem saber como agradecer ao paulo por estes dias. não há palavras que descrevam a sua hospitalidade!

começava mais um dia de viagem, e que belo dia! não íamos fazer muitos kms, faríamos apenas uns 50. que dia calmo que tivemos! deu para parar em todas as terrinhas que passávamos. numa para comer um chocolate, noutra para comer uma banana, tudo sem muita pressa. numa das subidas, até quisemos ir ao lado da bicicleta apenas para não nos cansarmos. não tínhamos pressa, por isso não nos queríamos cansar com uma subida um pouco maior que as outras. o caminho era com pequenos altos e pequenas descidas, muito suaves. e lá íamos nós devagar, como gosto!

já com 37kms feitos, decidimos almoçar, a nossa famosa massa, mas desta vez, não era de queijo mas sim de espinafre! paramos em frente a uma pequena capela e nesse instante passa um senhor que ia guardar o seu cavalo. perguntamos se não havia nenhum sítio onde pudéssemos comprar pão. não havia. aliás, não havia nada naquela pequena terra que apenas tinha uma rua! Ele ainda nos perguntou se não queríamos pão que ele ia a casa buscar, agradecemos, mas não seria necessário. ficamos sozinhos com o cavalo. nunca tinha visto um cavalo tão de perto e criei um grande laço com ele. tenho um dom com os animais! já tinha descoberto isso com os gatos agora com os cavalos… relinchei a primeira vez e logo ele relinchou! e foi assim que criamos uma grande amizade, com um enorme diálogo entre nós! ora relinchava eu ora ele e, com essa brincadeira, o dono do cavalo veio ver o que se passava e atrás dele, a sua esposa. eles estavam espantados com o sucedido e daí o senhor virasse para a mulher e diz que nós gostaríamos de ter um pouco de pão. não serviu de nada dizer que não era preciso, fui com a senhora até sua casa e aproveitei para me servir da casa de banho. o bocado de pão, era meio cassete! como há pessoas boas por estas estradas! a despedida com o cavalo também foi difícil. consegui tocar nele por detrás das grades e consegui dar-lhe erva à boca, mas não estava muito à vontade, pois é um bicho que mete respeito pelo seu tamanho e força… partimos e ainda ouvi uns quantos relinchos. Só podia estar a chamar-me. não sei o que lhe disse mas devo ter entrado bem fundo no seu coração!

já faltava pouco para chegar a palência, onde iríamos ficar em casa de um rapaz do couchsurfing. o caminho continuava calmo e teria sido perfeito se o meu rabo não se queixasse. como é desconfortante para o rabo andar de bicicleta! continuávamos a pedalar por uma estrada onde passar carros, era uma raridade! o caminho era todo nosso, e os campos verdes com as suas pequenas ondulações, também!

chegamos a palência, e tivemos como tarefa encontrar a casa que nos iria acolher. o apartamento era enorme e o david, cedeu-nos o seu quarto para termos mais espaço. já vos disse como sabe bem tomar banho no fim de uma viagem? é o melhor do dia! estamos tão mal habituados! há dias que conseguimos tomar dois banhos por dia! que luxo! no fim do banho, o david levou-nos a conhecer a cidade, ou melhor, levou-nos de carro para fora da cidade, ao monte, onde podíamos ver a cidade de fora. na cidade, a visita foi um pouco a correr. não é por mal, mas preferimos visitar a cidade sozinhos, porque podemos parar quando queremos, podemos perder-nos e assim descobrir outras coisas, sentarmo-nos numa esplanada… acompanhados já é diferente, vamos por onde ele quer, como guia turístico, o que também não é mau mas…

o jantar foi feito pelos três, ou melhor ele dava-nos os legumes e dizia como cortar… quase que me dava um ataque de riso! claro que sabemos cortar legumes! adoramos cozinhar, e ambos cozinhamos bem! contive o riso e ouvi as explicações, até como se faz uma salada! o jantar estava óptimo! david, obrigada! não parávamos de comer! e no fim, um chá quente de camomila. a conversa foi muito interessante, e tornou-se num serão muito agradável!

nessa noite, mesmo com poucos kms feitos, estávamos cansados! tão cansados que não conseguimos ligar o computador para escrever um pouco do nosso dia… dormimos um pouco tortos (com a cova no meio da cama) mas dormimos!


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