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16.12.09

ai o amor, o amor

a vontade de lutar está a desaparecer. começo a sentir uma admiração por mim, por isso não voltarei a lutar. ah, como cansa esta luta sem fim! afinal consegui crescer. não vês como estou bonita e com ideias mais fortes? sou forte mas não voltarei a lutar. será como tu quiseres se me quiseres... como tu quiseres. encontramos prazer em diferentes corpos, esquecendo o sabor do corpo que já foi nosso, por isso não há lágrimas. o prazer está na porta ao lado e isso assusta mas não lutarei. e dou por mim a cantarolar "o nosso amor é um combate". um combate, sem fim, sem vencedor. deixei-te lutar, ganhaste. ganhei? desisto. sentes-me grande? sentes-me já tua, sabendo já cada sinal da minha pele. jogo viciado. jogo bem decorado. os olhos fixaram os defeitos. imagem guardada. não é a minha. sou linda ainda para os meus olhos e para os primeiros olhares. sou comum para muitos e para ti? esqueci-me das tuas palavras... como dizias? um dia falaram-me da teoria da vaca velha... ai as vacas novas! também elas evelheceram depressa. também eu me tornarei nova novamente. para os meus olhos continuo vaca nova. não vou lutar mais. atirei as luvas de boxe naquele preciso momento, naquele momento, no momento da dor. voltarei a senti-la mas agora já crescida, não chorarei, não lutarei. estamos na geração dos coraçoes de pedra! lembraste do meu casaco comprido de malhã? e do lenço roubado? dos primeiros olhares, aqueles primeiros olhares que fazes tão bem ainda hoje, procurando novidades em cada esquina. ai o amor, o amor que queremos sempre mais! o amor que me faz sorrir quando esse brilha. quero mais, quero sempre mais, mas não lutarei, não se luta quando não nos deixam. ainda guardo em mim aqueles momentos de quando era criança e te conheci.

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