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10.1.10

gosto de cafés

um café

alone



frança que deixamos para trás






este texto está muito resumido? não, que ideia! crónicas da praça publica? como? ui... não! está diferente!!! igual? muito pareciado? acham? só pode ser coincidência!







De novo em França, desta vez no sul! É sempre bom voltar a um país que tanto gostamos. Não temos a ideia dos franceses serem snobes ou antipáticos... pelo contrário! Somos sempre muito bem acolhidos aqui! Temos sempre um “bonjours” e palavras de encorajamento para a nossa viagem, coisa que não encontramos muito em Itália, por exemplo. Sem chuva entramos em França e uma nova vida nascia em nós! Menton ficava a poucos quilómetros da fronteira. Lá esperava-nos o Nick de Hong Kong com mais quatro estudantes. À medida que iam entrando,apresentavam-se - olá, eu sou da Austrália... eu sou do Egipto... e eu sou de Espanha... eu, da Noruega. Uma casa cheia, onde numa conversa era usado, ora o francês, ora o espanhol, ora o inglês. Classificamos Menton como uma das mais bonitas cidades por onde passamos. O seu centro histórico é realmente acolhedor e não nos cansamos de passear nele e admirar cada recanto e passagem. As pessoas são simpáticas!

Mal entramos na cidade, uma senhora com os seu 60 e muitos meteu conversa connosco, dizendo que admirava a forma como levavamos a vida, nesse momento pára outra senhora e preocupada perguntou se tínhamos sítio para passar a noite. Temos a certeza que essas senhoras, nunca nos deixariam na rua! Deixamos a cidade maravilha para conhecermos a cidade capital mundial do perfume – Grasse. Um pequeno engano do rafael, fez-nos descer quilómetros até perto da estação de comboios para minutos depois percebermos que o ponto de encontro ficou marcado na estação de autocarros que fica no alto, onde começamos a descida! Achei melhor não dizer nada e respirar fundo... contar até dez, virar-lhe costas e subir tudo...

Quando a nossa anfitriã chegou, informou-nos que teríamos de subir muito até sua casa. E não mentiu! Chegamos estoirados e só queriamos descansar e pensar em visitar a cidade no dia seguinte, o que não aconteceu por causa da chuva torrencial. O dia todo em casa já quase a desesperarmos! O facto de agora temos os dias contados, tornou impossivel prolongar a nossa estadia. Partimos tristes. Deixamos a casa de banho forrada com o gigante mapa de frança e o puzzel na parede com 14.330 peças!!!

Aix-en-Provence, fica a ser outra linda cidade – pelo que pudemos ver à nossa chegada - que não visitamos como gostaríamos. Apenas uma noite ficou destinada e esta foi passada em casa a comer, a ver um vídeo caseiro de uma viagem à Índia e a divertir-nos com jogos!

Avignon. Estávamos com grandes expectativas em relação à cidade. Dela só conhecíamos o grande festival de teatro que se realiza no Verão e uma canção e era exactamente por isso que a queríamos visitar, para saber mais. Chegamos e não sentimos a magia que pensámos poder sentir. Imaginamos uma cidade pequena entre as muralhas mas esta é grande. Imaginamos a famosa ponte, também ela pequena, mas de pequena não tinha nada... Avignon também é conhecida como antiga residência dos Papas e hoje, podemos visitar o Palais des Papes. Outra passagem obrigatória, é seguir as setas que encontramos no chão, à saída do Palácio e visitar a ponte de Avignon, que hoje em dia está fechada à circulação. No entanto, para saber um pouco mais da sua história e para podermos caminhar sobre ela, um bilhete de acesso é obrigatório. A ponte foi construida entre 1171 e 1185, com sucessivas reconstruções. Hoje, apenas quatro arcos dos 22, sobreviveram. Da ponte nasceu a famosa canção “Sur le Pont d'Avignon” que descobrimos que, também ela, sofreu algumas alterações, pois uma das histórias conta-nos que por debaixo de um dos arcos existia um café onde as pessoas dançavam e cantavam e que a música nasceu aí, mas sob o título “Sous la Pont d'Avignon”. Da cidade também conhecemos a Rose, que nos recebeu em sua casa, onde passamos momentos bastante divertidos! Também divertido foi ter conhecido o Ceryl de Nimes, um malabarista/actor/clown sem tempo algum para arrumar a casa. Um nariz de palhaço na casa de banho, figurinos espalhados pela cozinha, mini-instrumentos, perucas, um riso aqui e mais uma cor acolá... uma casa de artista em altura de trabalho. Visitar a cidade foi apenas durante a noite, uma passeio curto, sem pressa de tudo ver, pois sabiamos que seria impossível. Nimes... No dia seguinte esperavam-nos apenas uns 50 e poucos quilómtros o que fez com que não nos sentíssemos com pressa de sair de casa. Chegar a Montpellier foi tranquilo, o caminho era simples e não exijiu muito de nós. É bom quando chegamos a um sítio sem grandes expectativas e sentimos uma empatia mal chegamos.

Foi o que aconteceu nesta cidade. Estamos nós numa grande praça quando chega o Vivien na sua estreita bicicleta sem mudanças. Instalamo-nos em sua casa e sentimo-la como se nossa fosse. Trocamos músicas, filmes, experiências e são essas trocas com as pessoas que nos fazem crescer, querer partir para outras paragens mas, ao mesmo tempo, não sair dos sítios nos quais nos sentimos muito bem! Foram essas trocas que procuramos e temos encontrado ao longo de todos estes quilómetros. Chaves na mão com a máxima confiança, e fomos perder-nos pelas pequenas ruas desta grande cidade, mas com um pequeno e acolhedor centro histórico. Gostamos da cidade e gostamos do nosso anfitrião, fazendo com que as duas noites se transformassem em três. Não podemos ficar mais tempo.

Os últimos dias em França foram muito bem passados. Saimos de Montpellier sem saber onde parar mas no meio do caminho, recebemos uma mensagem a dizer que éramos bem vindos a Béziers. O frio persseguia-nos mas no final, tivemos uma casa quente onde dormir. No meio da conversa com o Guillaume, achamos engraçado a coincidência de irmos todos até Perpignan no dia seguinte, com a diferença que ele demoraria uma hora a lá chegar e nós umas boas quatro horas a pedalar! As bicicletas não cabiam na carrinha mas os atrelados sim, e foi isso que aconteceu. No dia seguinte, libertamos as bicicletas e ficamos sem os atrelados, recuperando-os já perto do destino. Íamos mais rápidos e mais leves e isso já foi bom! Encontramos Perpignan bem iluminado com as luzes de Natal. Uma pequena cidade acolhedora, aceitou-nos nas suas ruas mostrando-nos diferenças culturais e muita vida. Era a nossa última estadia em França e isso deixou-nos um pouco tristes, pois deixavamos para trás um país que gostamos muito. Para chegar até Espanha era necessário atravessar os Pirineus. O mapa não nos mostrava grande inclinação mas a palavra Pirineus assusta sempre. O que é certo é que não subimos mais de trezentos metros, embora não tenha sido preciso subir mais para sentir o frio que fazia no topo e para estarmos rodeado por uma pequena camada de neve.

olhem o que tivemos a ver:




fui ou não fui simpática em colocar este vídeo? grandes cantores!!!

a marca na parede

sombra


hum... que bom

pedaços de mim